« back | CONCURSO
Na última década o número crescente de membros da OA e da OASRN implicou reforçar e alargar a equipa de trabalho. As presentes instalações da sede apresentam uma limitação estrutural, o que implicou tomar decisões no sentido de ultrapassar tais restrições físicas. Assim em 2004 a OASRN abriu o concurso para a escolha da equipa projectista que iria desenvolver o projecto de remodelação e adaptação dos imóveis na Rua Álvares Cabral.
1. Nota Prévia O crescimento contínuo do número de arquitectos associados e inscritos na OA que se tem verificado nos últimos dez anos, a par do alargamento das responsabilidades e do tipo de serviços que foram sendo assumidas pela organização profissional, provocou um claro desfasamento da organização interna face aos desafios e que se lhe foram colocando. Por isso, e particularmente no que se refere à OASRN, houve que reforçar e alargar o número de pessoas que, como quadros ou assessores, assegurassem a capacidade indispensável às tarefas diversificadas que se foram configurando. A exiguidade dos espaços das instalações da Sede da OASRN já se revelava uma limitação estrutural quando, em 1999, parte da actual direcção tomou posse para o triénio de 1999/2001. Importava, por isso, tomar decisões no sentido de ultrapassar tais condicionamentos. As experiências anteriores que tiveram como resultado a instalação da Sede Nacional e da Sede da SRN em edifícios de propriedade municipal, cedidos a prazo, para os quais foram abertos concursos públicos de projecto, no seguimento dos quais a então Associação dos Arquitectos mobilizou recursos financeiros para a realização das obras, tinham revelado alguns inconvenientes e limitações. De facto, tendo ficado resolvidas as carências de então, esta linha de actuação revelou-se condicionadora quanto às possibilidades da organização profissional poder utilizar plenamente o património que construiu, pelo facto de não ser dele proprietária de pleno direito. Por exemplo, não era e não é possível qualquer operação de financiamento com base em hipotecas, venda ou outras operações, pelo facto de não haver propriedade plena dos imóveis. Face a tais constrangimentos, considerámos que qualquer investimento na melhoria das condições físicas e espaciais deveria obedecer a uma nova e diferente linha de orientação que, mesmo com as limitações orçamentais e financeiras que sempre estiveram presentes, se traduzisse na criação de património próprio. Portanto, adquirir era condição e objectivo que nos propusemos, mesmo que daí adviesse um maior tempo de concretização nas mudanças necessárias. Uma primeira decisão traduziu-se na compra de um pequeno imóvel perto da actual Sede, no seguimento de negociações que tinham sido desenvolvidas pela Direcção anterior. O baixo custo de tal aquisição e a ideia de nesse imóvel se instalarem alguns serviços (Biblioteca, Cafetaria, Arquivos), justificou o investimento, considerado pelos CDN e C.N.Delegados como bom e justificado. Contudo, e face às novas exigências que se avolumaram após a transformação da Associação em Ordem, foi sendo claro que se deveria encarar uma outra solução, mais ambiciosa e capaz de responder em concentração e dimensão a um futuro de obrigações que se desenhava como diferente e mais exigente. Apesar disso, esta compra inaugurou a mudança de política face às orientações anteriores e o imóvel adquirido constitui um bem que certamente a OA virá a utilizar como recurso financeiro logo que seja conveniente. Consequentemente, houve que introduzir mudanças na utilização dos espaços existentes na actual Sede no sentido de propiciar a instalação de serviços e colaboradores indispensáveis à concretização de novas funcionalidades, de acordo quer com as novas atribuições que à OA foram cometidas, quer com o Programa sufragado nas eleições de 1998. Tomámos, por isso, a decisão de eliminar o espaço-auditório nele instalando novas áreas de trabalho, ao mesmo tempo que se densificou o uso do já parcialmente utilizado piso inicialmente destinado a Biblioteca. Iniciou-se então a procura de uma alternativa à actual Sede da SRN tendo fundamentalmente em conta a localização, a dimensão e o investimento que acarretavam. A opção que acabou por ser tomada, com o pleno acordo e apoio do actual CDN e da Presidente da OA, Arqtª. Teresa Novais, assim como do C.N.Delegados, conduziu à aquisição de duas casas implantadas no mesmo lote de terreno, situadas na Rua de Álvares Cabral, com dimensão e características que se afiguram capazes de acolherem e responderem às exigências funcionais e formais que as novas instalações da Sede da OASRN deve possuir. Após a conclusão da compra, houve que proceder a algumas obras urgentes de forma a evitar a sua degradação, nomeadamente no que se referia ao estado das coberturas, reparação de algumas falhas e patologias de elementos estruturais e fecho de vãos. Foi também necessário proceder ao levantamento dos edifícios, tendo em conta que os desenhos existentes eram incompletos e com fraca informação, ao mesmo tempo que se foi organizando todo este processo de concurso e recolhendo apoios financeiros que permitissem que, por exemplo, os prémios não tivessem que ser assegurados pelo orçamento ordinário da OA. 2. O Concurso como desafio crucial Esta fase que se afigurava-se crucial para a concretização das novas instalações da Sede: a da escolha da equipa projectista que irá desenvolver o projecto de remodelação e adaptação dos imóveis. Era uma fase importante a vários títulos. Pela exemplaridade que se quer no processo de escolha, pela qualidade que se deseja nos resultados que a solução escolhida venha a propiciar, pela referência que deve constituir o Desenho da intervenção, delicada no diálogo arquitectónico que introduzirá Obra Nova num contexto de clara valia que tem de ser cuidadosamente interpretado. O desafio que se coloca aos concorrentes e ao Júri é, por isso, particularmente delicado e exigente na elaboração pelos primeiros e na avaliação pelos segundos das soluções propostas. Excerto do Programa do Concurso Público para a elaboração do projecto das novas instalações da sede da Secção Regional do Norte da Ordem dos Arquitectos, 2004 Imagens: Painéis do projecto vencedor, NPS arquitectos |
|